domingo, 21 de agosto de 2011
Como árvores...
Qual o tamanho de um sofrimento ?
Quanto tempo devemos chorar por um ente querido
que morreu ou pelo amor que se perdeu ?
Quanto tempo devemos guardar trancado um coração
que sofreu uma traição ?
Quantos dias devemos ficar trancados em um quarto
quando alguém nos decepcionar ?
Qual o tamanho da saudade que devemos armazenar
por alguém que não vai voltar ?
Qual o tamanho do ódio que devemos criar para aqueles
que nos humilharam ou feriram ?
É muito difícil determinar o tamanho, o tempo ou o peso de
qualquer uma das perguntas acima, o certo, é que tudo tem
um tempo certo, tudo tem um limite, e cada um de nós é
suficientemente "adulto" para perceber quando estamos
passando dos limites.
Assim, as pessoas que se trancam na dor e fazem dessa dor
"o motivo" para não viverem, para não lutarem e
simplesmente desistirem da vida, estão indo contra um
princípio natural e divino que aponta sempre para
a continuidade da vida.
Se você cortar uma árvore centenária e deixar apenas
um pequeno toco, verá depois de alguns meses a vida
renascer com pequenos galhos já crescendo e
desafiando a vida para ressurgir.
Em alguns anos será novamente uma árvore forte e
cheia de vida, pronta para oferecer o que tem
de melhor para o mundo.
Por isso o sofrimento tem que ter uma medida,
a nossa dor tem que ter limite, o nosso isolamento do
mundo tem que ter um breque, porque somos como árvores
frondosas que estão sujeitas á vários cortes durante
nossa vida, alguns cortes derrubarão poucas folhas,
outras podem até destruir todos os galhos que demoramos
anos para juntar, mas sempre nos restarão algumas
sementes que se regarmos com paciência e amor,
em breve nos transformará de novo em belas árvores.
Se você, no dia de hoje, é apenas um toco,
lembre-se que dentro de você tem uma semente divina
que deve ser cultivada sempre, que precisa muito mais
da sua atenção que de mãos estranhas, por isso ame-se,
respeite-se, respeite a vida e o curso que ela tem,
transforme-se definitivamente numa árvore que dá frutos,
que dá sombra e lembra sempre a todos que enquanto
existir vida, existem possibilidades de transformar,
de renascer e de ser feliz
AUTOR DESCONHECIDO
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